Estou agora coçando a cabeça e pensando: “Onde é que eu fui me meter…..” Na parte I deixei claro que sempre evitei escrever sobre viagens no temo, pois o assunto é complexo, e por não conseguir me livrar dessa mania de ser professor, quero explicar, ensinar, enfim dar uma aula sobre o tema. Mas aqui não é lugar para aulas. Nessa série de posts sobre viagens no tempo vou discutir aleatoriamente sobre teorias, livros, filmes, etc., sem uma preocupação em ser didático. Como se fosse um bate papo, uma conversa de botequim.
Para aqueles que quiserem saber mais vou indicar alguns livros e ou artigos interessantes. Por exemplo: indico fortemente o livro “O FUTURO DO ESPAÇO-TEMPO”, da Companhia das Letras. São seis artigos escritos pelos físicos: STEPHEN W. HAWKING, KIP S. THORNE, IGOR NOVIKOV, TIMOTHY FERRIS, ALAN LIGHTMAN E RICHARD PRICE.
Os artigos são ótimos, inclusive o do Stephen Hawking, bem melhor do que seus livros mais famosos. O do russo Igor Novikov propõe uma saída interessante para o famoso paradoxo de voltar ao passado e impedir que sua mãe encontre seu pai e dessa forma você não teria nascido, logo como poderia ter voltado ao passado? Esse tipo de paradoxo, explorado no clássico “De volta para o futuro”, um filme de ficção científica norte americano de 1985, dirigido por Robert Zemeckis. Segundo Novikov, o paradoxo só existe porque insistimos em achar que existem duas realidades, o passado inalterado (antes do viajante do futuro chegar) e o passado com a visita do viajante do futuro (como acontece no filme). Para Novikov a volta ao passado implica uma alteração já no passado inalterado, isto é, quando ele ainda era presente. Ta confuso né? Vou tentar melhorar com um exemplo:
Imagine um jogo de sinuca onde uma bola está indo para uma caçapa, mas ao entrar na caçapa ela volta no tempo e aparece, alguns segundos antes, da sua versão antiga entrar na caçapa, ela então colide com sua irmã gêmea impedindo que ela entre no buraco onde voltaria no tempo. Criamos então um paradoxo, a bola entrou ou não na caçapa?
O que Igor Novikov argumenta é que o paradoxo só existe porque imaginamos duas situações, a primeira onde só havia uma bola e a segunda onde temos duas bolas. Como ao entrar na caçapa a bola volta no tempo, ela então já aparece desde a primeira vez, teremos então duas bolas, e a segunda bola poderá até colidir com a primeira bola, mas não vai alterar significativamente a trajetória dela, de forma que seu destino está traçado, ela vai entrar na caçapa para então colidir com sua versão mais nova. Não há formas de evitar que a bola entre na caçapa, pois nesse caso teríamos o paradoxo. Se a bola voltou ao passado, então isso ocorreu, e pronto, não houve uma versão onde só havia uma única bola.
Nessa visão o livre arbítrio está condenado. Ele começa a discussão com bolas de bilhar, pois elas formam um sistema físico simples. Depois o russo passa para casos mais complexos, sempre argumentando da mesma forma. Mas bolas de bilhar não tem vontade própria. Fica difícil imaginar porque não poderíamos mudar uma decisão tomada anteriormente. Por exemplo: Digamos que você entre numa máquina do tempo. retornando em meados dos anos 90, e invista em uma empresa recém criada chamada Google. Em alguns anos você tornar-se-á um milionário, assim que as ações dessa empresa dispararem. Mas se Novikov estiver certo isso será impossível, se você não é um milionário hoje, então você não terá como se tornar um milionário no passado. Se era para acontecer já teria acontecido desde a primeira vez Mas o que poderia impedir você de comprar essas ações? Novikov argumenta que essa violação no livre arbítrio pode parecer estranha, mas não é impossível: assim como não podemos andar pelo teto, porque a lei da gravidade nos proíbe, não podemos alterar o passado.
Bem você acha que ele pode estar certo?
Será que outros físicos pensam de forma diferente? Aguardem viagem no tempo parte III.
Tags: Buracos Negros, Física e Arte, Física e cinema, física e lost, física moderna, relatividade
abril 20, 2011 às 11:53 am |
Caramba Mestre, eu quase não entendi… rs… deve ser bom falar sobre isso num bar mesmo… Abraço!
abril 21, 2011 às 5:13 am |
Oi Eder, viagens no tempo não é algo simples não. confunde até mesmo vários físicos. Mas que é um assunto interessante , isso é. você não acha? abraço.
abril 21, 2011 às 5:13 am |
Oi Eder, viagem no tempo não é algo simples não. confunde até mesmo vários físicos. Mas que é um assunto interessante , isso é. você não acha? abraço.
abril 25, 2011 às 9:35 pm |
oi Jacó, tudo bem,
seria bom se voltar no tempo fosse como dar um”Ctrl + Z”…
mas de qualquer modo é muito interessante imaginar situações de viagens através do tempo…
adorei o post… mesmo quase sem entender rsrs…
abcs.
abril 26, 2011 às 3:17 pm |
OI Josinei, obrigado pelo coments, parece que o post tá bem confuno né? vou tentar explicar melhor na parte 3. Mas segundo as leis mais acietas da física, alterar o passado (ctrl Z) não parece ser possível, mas não há um consenso sobre isso, ou mesmo se viajar no tempo para o passado seja possível. O mais interessante é saber que o homem atingiu um nivel de pesquisa tão grande que consegue propor coisas fantásticas assim. acho incrível como isso não vira motivo de conversa em rodas de bate papo. Como isso não chama atenção do grande público, será mesmo que a ciência é tão monótona como a maioria acha? abraços
abril 26, 2011 às 9:55 pm |
acho muito interessante as viagens espaciais, Deus tambem previu isso pois disse em sua palavra:
Mesmo que o homem construa seu ninho entre as estrelas, de lá o derribarei, diz o senhor.
O maior segredo que os cientistas não descobrem, e o grande buraco que ha em seus corações, pela falta de não crerem em Deus e acraditarem em tudo menos na grandiosidade Dele.
maio 13, 2011 às 3:34 am |
Ô Jacó!
Você já viu uma série de TV chamada Doctor Who? Provavelmente tem mil coisas erradas, mas é muito boa!
Eu não acredito em viagem para o passado, embora para o futuro só falte ter naves que viagem rapidão, né?
Se você nunca viu a série (que está no ar há mais de quarenta anos) vale a pena ver o episódio (acho que é o 10) Blink da 3a temporada (do novo ciclo), que é muito bom e não precisa de conhecimento sobre a série… é um alienígena de uma espécie chamada ‘time lords’ que viaja no tempo sempre em companhia de um(ns) humano. dá para baixar (com legenda e tudo… e sem culpa pq ninguém se dá ao trabalho de passar a série aqui no Brasil): http://universowho.wordpress.com/doctor-who-download/3%C2%AA-temporada/
aí a gente pode conversar sobre em um bar (ou em um muro)… (e se vc já conhecer a série a gente discute a novca temporada!)
abraço
ps: e um outro videozinho que de certa maneira fala sobre viagem no tempo: http://www.youtube.com/watch?v=HMc9OJvo-9A
maio 13, 2011 às 4:57 am |
Oi André, legal as dicas, não conheço a série não, mas vou ver e a gente convers asim com certeza. Valeu mesmo. um abração.
maio 3, 2015 às 7:29 pm |
[…] https://12dimensao.wordpress.com/2011/04/15/viagem-no-tempo-%E2%80%93-parte-ii/ […]