Nem carro, nem ônibus, nem trem: Barco

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Lendo a matéria publicada na revista Trip, sobre a proposta do arquiteto Alexandre Delijaicov, de transformar São Paulo numa cidade fluvial, me lembrei de que sempre pergunto aos meus alunos : “E se lá atrás, antes de Ford desenvolver a linha de montagem, tivéssemos pensado em todos os problemas que o automóvel nos traria? Será que não teríamos optado por um transporte público? Será que não teríamos dito “não” ao transporte individual?”.

Hoje não dá para saber qual teria sido o resultado dessa opção, mas sabemos o resultado da opção que foi tomada: Só o transito brasileiro mata, sozinho, mais do que qualquer guerra, congestionamentos imensos que roubam preciosas horas de nossos dias, poluição monstruosa responsável também por mortes “silenciosas”, e tantos outros problemas.

Não podemos voltar no tempo e consertar isso, mas podemos tentar inverter a lógica e no caso de São Paulo (e acredito que em várias outras cidades brasileiras) abrir rios e córregos onde hoje está uma grande avenida.

Essa é a proposta desse arquiteto, leiam a matéria e opinem aqui no blog:

São Paulo e o Rio

 

 

 

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4 Respostas to “Nem carro, nem ônibus, nem trem: Barco”

  1. Tiago Says:

    Bom Professor, essa seria uma mais que excelente ideia à ser colocada em prática, mas acredito que estejamos muito longe de algo real assim, hoje conhecemos como funciona a politica brasileira, infelizmente temos que nos contentar com a realidade absurda que vivemos, porém temos que lutar pelo melhor certo? Esse arquiteto nos mostra uma certa esperança com uma ideia dessas, porém temos que saber quem colocamos no nosso comando… Parabéns pela divulgação!

    • blogs oswald Says:

      Sim Tiago a política muitas vezes é um entrave para ideias diferentes e radicais, a coragem para mudanças exige uma visão politica, corajosa e determinada. Mas como você mesmo diz somos nós quem escolhemos, não apenas os cargos do executivo como do legislativo. Mas acredito que o principal obstáculo esteja nos governantes, e sim nas próprias pessoas que não conseguem abrir mão de seu conforto pessoal (automóvel), mesmo que ele não se mova, perdendo horas e horas em transito. Soluções sociais como essa exige uma mudança de concepção e atitude, e a maioria não está caminhando para isso, ao contrário, pensam cada vez mais em si mesmas. Enfim, sou um otimista e acredito no poder da educação. abraço

  2. João Paulo Says:

    Olá Professor, achei muito interessante esse projeto, muito mais muito bem pensado e audacioso, fico pensando porque este arquiteto não nasceu 100 anos atrás e implantou essa ideia, já pensou como estaríamos hoje? É professor infelizmente o maior problema além dos políticos somos nos mesmos, as pessoas sabem que nosso planeta pede socorro, que vivemos de forma desgovernada, que está tudo errado, porém, não fazem nada de significativo pra mudarmos esta realidade, ficam a espera de um milagre, acham que em algum momento os políticos e órgãos competentes vão mudar e tudo será resolvido num passe de mágica. A ideia deste Arquiteto é revolucionária, se São Paulo tivesse lideres competentes, com certeza este projeto já estaria em curso, não apenas este mas sim outros como a ideia de melhoramento dos nossos transportes públicos, altos investimentos em meios de transporte cada vez mais sustentáveis, e muitos outros que ouvimos dizer. Bom, não podemos esquecer que a educação é primordial, é o investimento básico, o alicerce de uma nação competente e evoluída, se tivéssemos investimentos em todos os setores da educação de forma competente, com certeza seríamos hoje um modelo de nação para as demais, ha e claro não estaríamos passando por tantos problemas no país.

    • jacoizidro Says:

      Olá João Paulo,
      realmente é uma pena, mas como você mesmo disse não podemos esperar somente dos políticos. Não basta apenas ideias boas. Vários são os obstáculos a serem enfrentados. A especulação imobiliária por exemplo, os políticos geralmente “financiados” por grandes corporações que depois querem o dinheiro de volta e com muito lucro. A sociedade é conivente com isso, cada um quer ganhar o seu. Enquanto agirmos assim pensando somente no individual não haverá mudança. Precisamos pressionar governo, empresas, escolas, enfim a sociedade como um todo por mudanças. Não é fácil, haja visto a briga que acontece quando se investe em faixas de ônibus e ciclovias. Imagine então se investir em barco. Outro exemplo gritante é o quase não investimento em ferrovia, prefere-se o caminhão, mais caro, e mais impactante.
      Mas enquanto existirem pessoas como você que busca informação e deseja mudar temos esperança.
      Abraço e obrigado pelo comentário.

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