No post passado dei minha opinião sobre o uso de tecnologias na educação, principalmente do modismo dos tablets. Vários comentários surgiram, entre eles do André Scholz, que mencionou a importância de experimentos feitos em laboratório para despertar o interesse dos alunos.
Apesar de usar pouco o laboratório, concordo com o André. A observação ao vivo e a cores feita em laboratório pelo professor, ou melhor ainda, feita pelo próprio aluno, é quase sempre insubstituível. Nenhuma explicação teórica, desenho, imagem ou até mesmo vídeo, causa o efeito que a observação de um experimento faz.
Quando digo experimento não precisamos de grandes parafernálias, ou complicados equipamentos. O simples fato de atritar uma caneta esferográfica de plástico na parede, fazendo com que ela fique grudada na mesma, sempre provoca admiração.
Uma coisa é dizer que se você aquecer uma lata de refrigerante vazia diretamente no fogo e em seguida colocar em uma vasilha com água, ela se amassa. Outra bem mais interessante é pedir que os alunos façam isso em casa e se assustem com o estouro que a lata pode dar (basta pedir que eles deixem um pouquinho de água dentro da lata).
Nessa semana a NASA disponibilizou um vídeo bem interessante. O astronauta Don Pettit atritou uma agulha de tricô provocando uma eletricidade estática. Em seguida ele lança pequenas gotas de água em volta da agulha. As bolhas giram em torno da agulha como planetas girando em volta do Sol. Uma experiência muito simples, porém realizada em um ambiente especial: o espaço.
No espaço, longe da forte atração gravitacional da Terra, ou estando em orbita (e portanto em queda livre), todo líquido assume a forma esférica. Caso a força elétrica esteja perpendicular a velocidade a bolha vai girar em torno da agulha, assim como a força da gravidade agindo sobre um satélite.
Agradeço ao Adriano Lima de Souza que me indicou o vídeo.